Olho-te com olhos de lua e tu és sol...
Olho-te com olhos de madrugada e tu és noite...
Olho-te com olhos de amor e tu és raiva...
Olho-te com olhos de mágoa e tu és distância
que nos afasta, cada vez mais...
Ternos são os dias em que te espero
Ternos são os braços com que te quero...
E tu?
Sinto que a distância se instalou entre nós,
a distância instalou-se em todas as portas,
no canto do corredor e junto às janelas da casa...
A distância cria músculos e garras e apega-se a nós
e teimosamente não quer largar-nos...
Pressinto que nos vai vencer, Amor...