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Esquinas há muitas - De ver o mar - só a minha...

Sob a luz do luar, tudo se dulcifica. Amainam-se as agonias, eleva-se o espirito e docemente inicia-se o caminho mágico da divagação e do mistério das palavras e dos sons na melodia imperecível do cosmos.Aqui vou colocando os sentimentos que caminham comigo, tão diversos, como se vivesse várias vidas ao mesmo tempo.

terça-feira, junho 03, 2008

Desci até ao mar...

Desci até à praia.
As minhas pegadas na areia solitária
encontram-se com o tic-tac do meu coração à solta...
Estou aqui com o mar e as gaivotas de fim de inverno.
Serenamente olho o horizonte e o vai-vem das ondas
provoca-me uma suave sonolência de murmúrios antigos
de lamentações doridas e chilreios de crianças.
Tudo misturado, é um fado antigo,
dificil de entoar...
E, de súbito, esfrego os olhos,
e volto à realidade...

Que o sol brilhe...

E que o sol brilhe...
e o coração ria...
com melodias variadas e suaves
que o sol marque sempre o meio dia...
que essa é a hora das fadas!
que a nossa vida sendo sempre um meio dia,
nunca chegará a acabar.
Porque a tarde - essa -
estará sempre e ainda a começar!

Quero sentir-me uma branca de coração preto

porque essa é a côr que quero que todos aprendam...

No mundo em que nos encontramos,
é preciso valorizar as diferenças.
Afinal somos todos irmãos...

Nesses dias longinquos...

Escrevo-te numa linguagem de amor
porque só desta sou capaz de utilizar.
Ecos de eras em que nos amámos,
poetas e amigos nos achámos
para a seguir te perder
e nunca mais te encontrar...
Pelos caminhos da distância que percorremos juntos,
jamais meu coração te poderá perder,
os ecos das lembranças permanecem esperanças
e eu, daqui, te vejo assim, sem te poder ter...
Todos os amores, para serem amores,
têm esta infeliz dita do "não poder"...
amar-te assim, tão triste, na distância...
é razão de sobra para te querer,
pois se de amor se trata é porque se sente
que o querer e não possuir é um estado
em que a alma vai e vem já sem distância
porque a lembrança desses dias
tão bem aventurados...
são suficientes para segurar a mágoa
dos dias em que não fomos mais amados...

Em tons amarelecidos de passado...

Quando eu nasci,
o mundo da minha casa alegrou-se!
Tinha chegado a princesa ambicionada pela família...
Fui crescendo como tal, embora dentro de mim,
sempre tenha sentido que não pertencia, realmente,
àquela classe dos previlegiados em quase tudo.
Era um sentir - era um estar -
Esse estado manteve-se até hoje, felizmente!
Num mundo com tantos desgraçados que quase nada têm,
para que é que servem as princesas ou as rainhas,
senão para encherem de sonhos fúteis
as mulheres que lêm as revistas cor-de-rosa???